27 de novembro de 2008

FEIRA DO LIVRO

(cartaz elaborado pelo ilustrador Gémeo Luís)

Tem início no próximo dia 2 a FEIRA DO LIVRO. Este ano, funcionará na Ludoteca e pode ser visitada até ao dia 5. O horário será das 9.00h às 17.00h e das 19.00h às 22.00h. (com excepção de 6ªfeira, dia 5, que não abrirá à noite). Teremos livros que abrangem a diferentes faixas etárias , desde os mais pequenos aos adultos. Visite a feira do livro, compre, leia .
Jorge Luís Borges disse:

“Chega-se a ser grande por aquilo que se lê e não por aquilo que se escreve”.

Seja "grande" e permita que outros o sejam. Ofereça um livro este Natal.

24 de novembro de 2008

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA (1ª Fase)

Estão a decorrer as inscrições do Concurso Nacional de Leitura, 1ª fase (para alunos de 3º ciclo). A inscrição pode ser feita na Biblioteca ou junto do professor de Língua Portuguesa.

As obras a concurso são as seguintes:

7º Ano:

"Arroz do Céu" de José Rodrigues Miguéis (obra
aqui)

8ºAno:

“Saga”, in Histórias da Terra e do Mar, de Sophia de Mello Breyner Andresen (powerpoint acerca da obra
aqui)

“História da Gata Borralheira” in Histórias da Terra e do Mar, de Sophia de Mello Breyner Andresen (obra
aqui)

9ºAno:
“Aia” in Contos de Eça de Queirós (obra
aqui)
“O Tesouro” in Contos de Eça de Queirós ( obra
aqui)


A 4 de Janeiro será o dia da prova e, no caso de haver situações de empate, a segunda prova terá lugar a 9 de Janeiro.

10 de novembro de 2008

Lenda de S. Martinho



Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, algures em França.

Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo.

Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.

De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola.

Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre.

Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão!

Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom.

É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.



Sabias que S. Martinho existiu na realidade? Não acreditas? Então, comprova o que te digo aqui.
Podes, se quiseres, fazer palavras cruzadas e adivinhar provérbios aqui.



PROVÉRBIOS

Provérbios de Novembro

Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro.
Em Novembro, prova o vinho e planta o cebolinho.
Nuvens em Setembro: chuva em Novembro e neve em Dezembro.
Tudo em Novembro guardado; em casa ou arrecadado.
Dos Santos ao Natal ou bom chover ou bom nevar.
Se em Novembro ouvires o trovão, o ano que vem será bom.
Novembro à porta geada na horta.
De Todos os Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento.
Dos Santos ao Natal é bom chover e melhor nevar.
Por Santo André todo o dia noite é.
Em Novembro, chuva, frio e sol; e deixa o resto.
Trinta dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro; de vinte e oito, só há um, e os mais têm trinta e um.
Outubro lavrar, Novembro semear, Dezembro nascer.
Dos Santos ao Natal, Inverno natural.
De Santa Catarina ao Natal, mês igual.
De Todos os Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento.
De Todos os Santos ao Natal, bom é chover e melhor nevar.


Provérbios de S. Martinho



Pelo S. Martinho semeia o teu cebolinho.
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra sacha e esterca pelo S. Martinho.
Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-eis pelo S. Martinho.
Pelo São Martinho deixa a água p'ró moinho.
No dia de São Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
Pelo São Martinho, vai à adega e prova o teu vinho.
No dia de São Martinho, pão, sardinhas, castanhas e vinho
Mais vale um castanheiro do que um saco com dinheiro.

Dia de S. Martinho fura o teu pipinho.
Do dia de S. Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o teu bornal.
Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
Pelo S. Martinho, prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano.
Pelo S. Martinho semeia favas e vinho.
Pelo S. Martinho, nem nado nem cabacinho.
Água-pé, castanhas e vinho faz-se uma boa festa pelo S. Martinho.
Por S. Martinho semeia fava e linho.
Pelo S. Martinho, nem nado nem no cabacinho.
Por S. Martinho todo o mosto é bom vinho.
A cada Bacorinho, vem seu S. Martinho.

Não há bacorinho sem seu S. Martinho.
Pelo S. Martinho todo o mosto é bom vinho.
Pelo S. Martinho, deixa a água pró moinho.
Quem bebe no S. Martinho faz de velho e de menino.


7 de novembro de 2008

A Viagem do Elefante


Foi colocado ontem nos escaparates das livrarias o novo livro de José Saramago “A Viagem do Elefante”. (Pode ler um fragmento aqui ou ver o pequeno filme no final do artigo)

O livro é um novo conto histórico do Nobel português, baseado em pouquíssimos dados.
O autor resumiu assim a obra:
"O livro narra uma viagem de um elefante que estava em Lisboa, e que tinha vindo da Índia, um elefante asiático que foi oferecido pelo nosso rei D. João III ao arquiduque da Áustria Maximiliano II (seu primo). Isto passa-se tudo no século XVI, em 1550, 1551, 1552. E, portanto, o elefante tem de fazer essa caminhada, desde Lisboa até Viena, e o que o livro conta é isso, é essa viagem."
"[Contei esta história] em primeiro lugar, porque me apeteceu, e em segundo lugar, porque, no fundo - se quisermos entendê-la assim, e é assim que a entendo - é uma metáfora da vida humana: este elefante que tem de andar milhares de quilómetros para chegar de Lisboa a Viena, morreu um ano depois da chegada e, além de o terem esfolado, cortaram-lhe as patas dianteiras e com elas fizeram uns recipientes para pôr os guarda-chuvas, as bengalas, essas coisas", referiu.
"Quando uma pessoa se põe a pensar no destino do elefante - que, depois de tudo aquilo, acaba de uma maneira quase humilhante, aquelas patas que o sustentaram durante milhares de quilómetros são transformadas em objectos, ainda por cima de mau gosto - no fundo, é a vida de todos nós. Nós acabamos, morremos, em circunstâncias que são diferentes umas das outras, mas no fundo tudo se resume a isso", defendeu.
José Saramago começou a escrever este conto em Fevereiro de 2007, altura em que já estava bastante doente, com um problema respiratório. Escreveu "umas 40 páginas" e parou, porque a doença se agravou. Acabou por ser hospitalizado durante três meses, tendo chegado a pensar que não terminaria o livro. Mas recuperou, regressou a casa em Fevereiro deste ano, embora "mal" - "de certo modo, uma sombra de mim mesmo", observou – reiniciou a escrita e acabou-o
em Agosto, no dia 12.
Pode, se quiser, obter mais informações sobre o escritor ou a sua obra na página da Fundação José Saramago ou no seu blogue.


6 de novembro de 2008

O escritor do mês

Matilde Rosa Araújo nasceu em Lisboa em 20 de Junho de 1921, em S. Domingos de Benfica, ainda numa Lisboa rural.
Depois de se ter licenciado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, correu o país, ensinando (Lisboa, Barreiro, Portalegre, Elvas e Porto). Foi também professora de futuros professores.
Escreveu mais de 40 obras para crianças e adultos e pertenceu a organizações como o Comité Português da UNICEF, o Instituto de Apoio à Criança ou a Sociedade Portuguesa de Escritores.
Colaborou em inúmeros jornais de Lisboa e da província.
Em 1980, recebeu o Grande Prémio de Literatura para Crianças, da Fundação Calouste Gulbenkian, e o prémio para o melhor livro infantil, pela mesma fundação, em 1996, pelo seu trabalho Fadas Verdes (livro de poesias de 1994).
Matilde Rosa Araújo recebeu o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, em Maio de 2004, foi distinguida com o Prémio Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores.
Na Biblioteca podes encontrar as seguintes obras desta escritora:

4 de novembro de 2008

Matilde Rosa Araújo na Biblioteca




A turma de 6ºB apresentou, hoje, perante as turmas de 5ºA e B, na Biblioteca, o resultado do seu trabalho de Área de Projecto sobre a escritora Matilde Rosa Araújo (MRA), a escritora do mês. Guiados pelas professoras Teresa e Cristina Gomes os alunos leram-nos alguns poemas e deram-nos a conhecer a bibliografia de MRA. Apresentaram-nos, também, a sua biografia representando um pequeno sketch em que simularam uma entrevista à escritora.

Aqui fica o poema de Matilde Rosa Araújo

"BALADA DAS VINTE MENINAS FRIORENTAS":

Vinte meninas, não mais,
Eu via ali no beiral:
Tinham cabecinha preta
E branquinho o avental.

Vinte meninas, não mais,
Eu via naquele muro:
Tinham cabecinha preta,
Vestidinho azul escuro.

As minhas vinte meninas,
Capinhas dizendo adeus,
Chegaram na Primavera
E acenaram lá dos céus.

As minhas vinte meninas
Dormiam quentes num ninho
Feito de amor e de terra,
Feito de lama e carinho.

As minhas vinte meninas
Para o almoço e o jantar
Tinham coisas pequeninas,
Que apanhavam pelo ar.

Já passou a Primavera
Suas horas pequeninas:
E houve um milagre nos ninhos.
Pois foram mães, as meninas!

Eram ovos redondinhos
Que apetecia beijar:
Ovos que continham vidas
E asinhas para voar.

Já não são vinte meninas
Que a luz do Sol acalenta.
São muitas mais! muitas mais!
Não são vinte, são oitenta!

Depois oitenta meninas
Eu via ali no beiral:
Tinham cabecinha preta
E branquinho o avental.

Mas as oitenta meninas,
Capinhas dizendo adeus,
Em certo dia de Outono
Perderam-se pelos céus.

1 de novembro de 2008

Biblioteca Municipal do Porto comemora 175 anos

Por ocasião do seu 175º aniversário, a Biblioteca Pública Municipal do Porto (BPMP) organiza visitas guiadas aos seu bastidores. De Outubro a Dezembro é possível percorrer locais que habitualmente não estão acessíveis ao grande público ou descobrir novas perspectivas sobre espaços já conhecidos.
O horário das visitas é o seguinte:

1 Outubro – 11H00 e 15H00
15 Outubro – 11H00 e 18H00
5 Novembro – 11H00 e 15H00
19 Novembro – 11H00 e 18H00
3 de Dezembro – 11H00 e 15H00
10 Dezembro – 11H00 e 18H00

O circuito das visitas guiadas pode ser visto aqui.
A exposição “Tesouros da Biblioteca Municipal do Porto” a decorrer de 20 de Outubro a 12 de Dezembro é algo que, também, não pode perder. É uma oportunidade única de ver peças e colecções especiais do vastíssimo património bibliográfico e documental da BPMP. É o caso do original de "O Diário de Vasco da Gama" , ou o manuscrito do livro "Só" de António Nobre.
Mais informações disponíveis aqui.